quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Análise: Flor de Lis – Djavan




Uma música com linguagem simples, que conta a história da dor de um homem e do poder de uma mulher, abordando um tema bem comum no cotidiano: relacionamentos.

Valei-me Deus, é o fim do nosso amor
Perdoa por favor, eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei
Eu só sei que amei, que amei, que amei, que amei

O eu-lírico da canção mostra a tristeza pelo fim de um relacionamento, a guerra contra si mesmo por não conseguir identificar o erro que cometeu e por perceber as duras consequências, implorando por perdão. Indica a dúvida sobre como se pode perder tão bruscamente alguém que se ama e não se encontrar meios de reconquistá-la.

Será, talvez, que minha ilusão
Foi dar meu coração com toda força
Prá essa moça me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz de uma flor de liz

Neste momento passa então a buscar justificativas para a situação a qual vive e a dor que sente ao perder este amor. Questiona-se sobre a entrega profunda ao outro sem medo, dúvidas e apenas por este sentimento que ocasionou as decepções ao final. Tenta encontrar o erro na forma como se permitiu amar sem saber se daria certo, se a faria feliz ou se a outra pessoa estaria disposta a fazê-lo feliz. Compara a amada à flor de lis com as características de alguém raro, poderoso, fiel, leal, honroso e amável, que o destino insistiu em afastar de si.

E foi assim que eu vi nosso amor na poeira, poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida ressecou ou morreu
Do pé que brotou Maria
Nem margarida nasceu


A beleza de Maria então transforma-se de bela flor a frio aço. Insensível e desprezível. O jardim refere-se ao cuidado e a atenção que não pôde ser vivenciado no futuro pois acabou em pedaços com a desilusão do amor de Maria, onde após ela, nunca foi capaz de amar ninguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário